sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Dilacerada


Foto: Miguel do Rio Branco

Sinto dor em tudo
Corpo e alma
Quando penso em você dói até o pensamento
O problema é que penso em você o tempo todo
Penso que relacionamento é muito difícil
Mas o amor, sempre vale a pena...
Penso em tudo que éramos
No que não éramos
E no que poderíamos vir a ser

Sinto falta do seu cheiro
do seu ouvido (que nem sempre queria me ouvir)
mas você estava ali pra mim
às vezes achava que você estava triste, infeliz
Você não fala o que sente
E eu suponho demais
Mas ter você era muito bom

Lembro de tudo, todo dia
Minha cabeça doente teima e não quer seguir em frente
Lembro das comidas, risadas, descobertas, carinhos, cheiros
Filmes, jogos, History channel, sofá, pipoca, beijos, sexo
Nossa sincronia...

Nós somos muito burros mesmo
Tanta gente querendo sentir isso uma vez na vida
Mas nosso orgulho não deixa

Meu coração está dilacerado
Arrancado à força pelos acontecimentos
Em que ambos possuem sua dose de reponsabilidade
Me sinto banhada em sangue, dor e escuridão
E em nada que olho vejo a luz necessária pra seguir em frente

Dizem que o tempo melhora tudo
Não sei o quanto será necessário
pois pra mim nada mudou
Meu sentimento não mudou
Sua ausência não mudou
Minha dor não mudou

Sei que na dor é quando mais aprendemos
Mas o grande aprendizado está mesmo em superar
Em ultrapassar os limites do próprio ego e perdoar
O outro e a si mesmo

No momento, só consigo chorar...

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